Professores da Unicastelo entram em greve por atraso de salários
Funcionários também estão parados; faculdade particular tem quase 10 mil alunos
Do R7
Sem receber os salários do mês passado, professores e funcionários da Unicastelo (Universidade Camilo Castelo Branco) estão em greve há uma semana, desde o dia 12. Eles também protestam contra o não pagamento de um terço das férias de 2009 e a falta de depósito do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) há mais de um ano, entre outros pontos.
Segundo Clécio Ferreira Mendes, professor de história da instituição, o salário de abril foi a gota d’água para o início da paralisação. Quase todos os 588 docentes da instituição aderiram, de acordo com ele. A Unicastelo afirma que a greve afeta cerca de metade das aulas dos cursos.
- A adesão foi praticamente total. A nossa preocupação é o próximo salário. Como as contas [da faculdade] estão bloqueadas [na Justiça], a gente não sabe como ficará. Estamos preocupados com os próprios pagamentos.
A reitoria da Unicastelo admitiu que os recursos da instituição estão bloqueados devido à decisão judicial, e afirma que por isso o pagamento dos salários foi interrompido. O bloqueio ocorreu porque há dívidas tributárias da gestão anterior, que saiu do comando em 2005. Cerca de 40% dos pagamentos de abril, no entanto, foram efetuados, diz a universidade.
Enquete: a greve de professores e funcionários da Unicastelo é justa?
Negociações
Várias reuniões já ocorreram entre os professores, funcionários e a reitoria da instituição, que tem 9.319 alunos e três campi em todo o Estado. O problema, diz Danilo de Souza, professor de geografia, é que a Unicastelo não tem apontado saídas para o problema.
- Esperamos que ela apresente o quanto antes uma solução e pague o salário de abril. Temos outros problemas, mas o nosso retorno está condicionado a este pagamento. Estamos há uma semana em greve e a única proposta até agora é aguardarmos.
A reitoria se defende e diz que não há má-fé no atraso da remuneração dos servidores.
- Não existe má-fé da universidade, ela não está deixando de pagar o salário por vontade própria. É porque a Justiça segurou o pagamento. A greve é legal, mas não é justificada, pois é de interesse da instituição que isso se resolva o mais rápido possível.
Uma manifestação de professores e alunos da faculdade vai ocorrer nesta quinta-feira (20), às 18h, em frente ao campus da instituição em Itaquera, na zona leste de São Paulo (SP).
Colaborou Carlos Arthur França, estagiário do
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ResponderExcluirLamentável ver o nome da universidade onde estou me formando jogado na lama por conta da má gestão financeira. Impossível que as pessoas responsáveis não soubessem dessa situação. Espero que o bom senso impere e a situação seja resolvida o mais rápido possível para que as aulas sejam normalizadas.
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