quinta-feira, 10 de junho de 2010

Resultado da Assembleia - 10 de junho de 2010

Assembleia Geral dos Professores
10 de junho de 2010
Decidiu pela continuidade da Greve

Recebemos a informação do reitor prof. Gilberto Selber de que se efetivou o desbloqueio das contas da Universidade, mediante um acordo entre os representantes da instituição e o MM Juiz Roberto Santoro Fachinni, e que o depósito dos salários de abril e maio se realizará no decorrer da próxima semana.

Deliberações:
  1. Realização de Assembleia Extraordinária, para retorno às aulas, condicionada à reabertura de negociações por meio de uma reunião entre a Reitoria e a representação sindical dos professores.

  2. Reunião dos representantes sindicais com o MM Juiz, para acompanhamento do caso.

  3. Moção pública de apoio aos representantes sindicais.

14 comentários:

  1. Uma luz no fim do túnel...até que enfim!!!! Agora acredito ser uma questão de tempo para o retorno das aulas.

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  2. Na volta as aulas, agora quero ver se vocês vão ter o mesmo ânimo pra exigir reposição de aulas, será que esses alunos estão atrás de seus direitos ou somente são um bando de "PUXA SACO" de professor?

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  3. Meu nome é André, sou estudante do curso de Direito 3º semestre matutino.
    Quero parabenizar nossos professores e coordenador do curso. Mostrando respeito e responsabilidade perante nossa formação academica. Não aderiram a greve, desmostrando assim uma posição firme contra qualquer forma de manipulação.
    E em nenhum momento demostraram estar desmotivados a nos trasmitir suas aulas.
    Aprendemos assim,como podemos exercer nossa cidadania com responsabilidade e principalmente respeito aos alunos.

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  4. Fico contente em saber que a mobilização dos professores com apoio de alunos e diversas entidades está começando a fazer efeito e levando a Universidade a tratar a todos nós com o respeito que merecemos visto que os professores têm dado excelentes aulas, os alunos tem pago regularmente suas mensalidades.
    Espero um desfecho breve, com reposição de todas as aulas perdidas e manutenção do quadro de professores.

    Wilson de Oliveira - 6º semestre, História, Manhã.

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  5. Acho um pouco incoerente o comentario do nosso amigo que cursa direito, pois o mesmo apoia os professores que trabalham, mesmo sem receber seus salários, corriga-me se eu estiver errado... mas voces nao tem uma matéria chamado direito trabalhista???

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  6. E agora como vai ficar a situação da faculdade??? quantos alunos realmente vão voltar a estudar no 2º Sem na facu?? Qual sera a taxa de evasão?.... Meu Deus a ajude a nossa Faculdade!!! So ele vai salvar!!!

    Obs: Cade aquelas pessoas que nesse blog anexaram diversas conversas dos Profºs junto a Juiz!! isso pq colocaram esse dias!! Ai derrepente as contas São liberadas????? estranho neh???

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  7. Caro André do curso de direito, te confesso estou muito decepcionada com esta situação, gostaria de estar terminando meu semestre e dando continuidade aos meus estudos da maneira como foi planejada.
    Porém, seria um mero sonho achar que os professores me dariam aulas sem receberem seus salários e isto não está relacionado apenas a salário mensal e sim a outros tantos direitos trabalhistas.
    Bom, vou parar de enrolar... Sabe aquele dito popular?Por fora bela viola, por dentro pão bolorento. Já imaginou se alguém não colocasse a boca no trombone? Se todos se mantivessem trabalhando e deixando tudo como estava? Certamente seus professores não seriam beneficiados pelas melhorias vindouras, sim melhorias, pois esta greve trouxe a verdade.
    Te confesso fico doida com a falta de união. Se todos tivessem aderido à greve, alguém já teria feito algo para sanar os problemas, mas creio que é mais confortável ficarmos sentados esperando que as ondas tragam os pergaminhos ....
    [ ORDEM E PROGRESSO ] ? Íamos progredir a falência isto sim.
    Prefiro a verdade ainda que tenha que mudar de faculdade.
    Boa sorte a mim e a todos!
    Valdinéia, 1º semestre pedagogia, matutino.

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  8. bastante pertinente a observação do nosso companheiro graodeareiapenseante. Afinal, será que quando estivermos execendo nossas futuras profissões vamos nos dispor a trabalhar sem salários?

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  9. Ora essa, pra quem fez greve e conquistou a confiança dos alunos dizendo que não iria prejudicá-los, eu digo:
    -Já prejudicou.
    Parece que as contas foram desbloqueadas, agora eu quero ver se o prejuizo vai ser maior na hora de repôr as aulas. E outra, entidade filantrópica não fali. Felizmente, os alunos de direito sabem disso.

    Leonardo, Direito 3º semestre.

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  10. Parabéns aos professores. Estamos todos, mesmo ser ir a universidade, tendo uma aula de como um movimento de greve pode trazer resultados concretos e não terminar com uma pífia negociação pelos dias parados.

    Se a Unicastelo continuar a existir, o mérito é unica e exclusivamente deles e dos alunos que compreenderam a situação. Criticar negativamente é fácil. Quero ver trabalhar em uma empresa onde se fica sabendo que os responsáveis enganam a justiça e não pagam o seu salário. E ainda siar de casa para dar aula.

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  11. Fiquei feliz em saber que poderemos retornar,e os professores já afirmaram que vão trabalhar para repor todas as aulas.
    PROFESSORES apesar de várias críticas negativas, o mais importante é que a maioria conseguiu compreender e entender a situação de voces.
    Ricardo / 5° semestre de FILOSOFIA.

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  12. As notícias que recebemos da última Assembléia dos Professores, realizada dia 10/06, nos trouxe, enfim, as novas que tanto esperavámos - as contas foram desbloqueadas e, até quarta-feira, os salários devem ser depositados. Sem dúvida, esta notícia muito nos alegra, pois, enfim, retornaremos nossas aulas e poderemos concluir nosso curso (para alguns, o semestre).

    No decorrer do curso de Pedagogia ouvimos muito sobre a luta travada entre proletários e burgueses, não apenas ouvimos, como discutimos sobre o tema, sobre as injustiças, cujas quais, fundamentam-se nossa formatação societária (capitalista). Sempre ouvimos com indginação, com repulsa àqueles que exploram e, com solidariedade àqueles que são explorados. E, agora, quando nos deparamos com essa realidade na nossa "cara", nos afrontando, prejudicando professores e alunos, nos sentimos, espontaneamente, co-autores desta greve, haja visto que, de maneira alguma poderíamos concordar, mediante nossa formação, em participar de aulas que expressem o fruto da injustiça, da mentira, do assalto aos cofres da Universidade, de maneira alguma poderíamos compactuar com o trabalho não remunerado, com o trabalho voluntário.

    Não apenas parabenizo aos professores que demosntraram coragem e consciência coletiva como, também, lamento pelos professores que não aderiram a greve, que se submeteram a um sistema de exploração, dando à seus alunos um péssimo exemplo:

    de que, mediante uma situação critica que representa um profundo desgaste nas relações entre trabalhadores e proprietários do capital, situação em que os trabalhadores se veêm destituidos do seu direito primeiro que é o seu salário, provedor até mesmo de condição para trabalhar, seja este, ainda, o acusado de toda culpa pela impossibilidade de aula e lhe atribuida toda a responsabilidade pela situação.

    Muito me espanta e indigna, que professores ensinem aos seus alunos tais comportamentos e idéias, pois, sujeitos com tais atitudes só podem reproduzir uma sociedade desigual compactuando com idéias burguesas de relações de trabalho. E, sabemos bem como isso acaba: trabalhadores (professores) que são submetidos à mutiliação em todas as esferas de sua vida, seja, econômica, social, cultural, familiar e/ou política.

    Há que se refletir sobre qual sociedade desejamos viver: a que valoriza o trabalhador, que trata seu próximo com dignidade e respeito, ou, àquela que explora no último, que não se compadece, que age na coerção do seu povo? Esta segunda é a que já vivemos, porém, cabe a nos querermos mudá-la. Hoje, nossos professores nos deram um bom exemplo, nos mostraram que isso é possível, que a mobilziação coletiva em prol do bem coletivo pode transformar uma realidade miserável em algo melhor.

    É fato que, a liberação da contas, não resolve todos os problemas. O dinheiro continua sendo desviado, assim sendo, a luta não termina aqui, ISTO TEM DE SER APENAS O COMEÇO. A união entre professores, entre alunos, deve continuar para que a Instituição, que representa um bem cultural, de ensino, permaneça e seja bem administrado, caso contrário, teremos de conviver com o fracasso da mesma. Volto a enfatizar que a admistração tem de sofrer uma intervenção mais séria, pois, a situação financeira da Universidade é delicada, por isso, o movimento não pode parar. O pagamento dos salários atrasados é uma vitória, mas não o fim da batalha.

    Mas, por essa vitória e pela demonstração de honra e dignidade dos nossos professores, convido a todos para que os aplaudam quando retornarem às salas de aulas.

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  13. Sempre quis saber o que os professores de direito realmente ensinam em sala de aula. E por isso, sempre conversei com meus amigos advogados e estudantes de direito para entender melhor essa profissão. Gostaria de salientar que tenho vários amigos. Mas às vezes é difícil mesmo a nossa compreensão com as palavras dos alunos e dos professores. A formação é positivista - ORDEM E PROGRESSO. Se não há ordem, não há progresso. É o respeito a lei. Não há meio termo. Os profissionais decoram todos os artigos de cada código. Os professores exigem o artigo na ponta da língua. Não há meio artigo. Se errar alguma coisa, errou a questão toda. É obrigação do (futuro) advogado conhecer a lei. Temos, é claro, aqueles profissionais de sucesso que vão além da famosa decoreba, vão para a compreensão não só da lei, mas do ser humano, das necessidades do ser. Conheço um caso fantástico do magistrado que saiu detrás de sua mesa e pôs a mão na massa (mas fica para outra vez). A disciplina de direito trabalhista servirá para que como futuros advogados possam nos defender, pois, com certeza, no futuro, nós professores, vamos precisar dos serviços de algum profissional da área. Então é importante entendermos a linha de pensamento que direciona o curso de direito. Felizmente, no Brasil, somos um país democrático onde todos podem expressar os seus sentimentos. Temos a garantia da livre expressão. Eles não mudarão a sua maneira de ver a greve. Nem nós. Mas é importante manter o respeito entre os diferentes, entre os iguais. Eu, por exemplo, não posso trabalhar de graça, sou irresponsável. Mas fico feliz com aqueles que podem, os responsáveis, o que talvez significa que eles não dependam da UNICASTELO, têm outros empregos. E eles é que estão certos. Sinceramente, eu é que estou errada e por isso estou me organizando para que tal (triste) realidade pela qual passei durante o mês de maio e início de junho não se repita. Como futura doutora que serei ainda este ano, estou confiante que na próxima semana eu finalmente poderei pagar minhas contas em atraso, com juros e correção monetária. Estou confiante que poderei voltar a sala de aula, talvez não mais entusiasmada como antes, mas compromissada em fazer o melhor possível; estou também confiante que com o título de doutora eu, como professora e profissional, seja mais respeitada pelos meus empregadores e pelos meus pares. Mas confesso, publicamente, que também estou com um pouco de medo. Medo de não receber o 1/3 de férias de 2009, os depósitos de FGTS de 2009/2010, a folha complementar de 2009. Feliz Ano Novo!!!!

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  14. Pretendo aqui apenas fazer eco ao que foi dito algumas postagens acima e parabenizar o curso de Direito, seus professores e, principalmente, sua coordenação. Realmente esses profissionais demonstraram um profundo comprometimento com seus alunos e seu curso ao não aderirem, "erga omnes", à greve e continuarem exercendo suas atividades docentes mesmo sem o recebimento salarial, este um direito trabalhista básico - como tenho convicção que é do conhecimento de todo corpo discente do curso: "dignus est operarius merce sua". Seria realmente uma notória falta de responsabilidade se o curso, cujo pífio desempenho em avaliação institucional realizada pelo MEC resultou na atribuição de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), isto é, a necessidade de (em breve) uma nova visita de avaliação sob risco de punições mais severas ao curso - "dura lex, sed lex" - viesse a se unir ao movimento grevista. É, portanto, uma verdadeira benção que esse curso conte com profissionais tão dedicados e, acima de tudo, uma direção tão hábil e capaz. "Dei gratia!" Parabéns, "magis aequo", também aos alunos do curso pela ampla demonstração de discernimento e compreensão minuciosa dos acontecimentos face um momento tão complexo. Estou certo que os autos do já conhecido processo envolvendo a mantenedora da universidade têm sido objeto constante de discussão e análise em classe - muito provavelmente nas aulas de direito trabalhista, direito tributário e, quiçá, direito penal. Isso, com toda a certeza, não seria surpresa alguma, dado a lucidez com que a situação tem sido abordada "congruo tempore et congruo loco" por alguns discentes do curso. "Ex corde", parabéns!

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