segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

FAQ – Perguntas frequentes

Um novo ano se inicia e, com ele, um novo período letivo. Época repleta de esperanças e perspectivas de aprendizados e vivências. Mas esse ano apresenta uma diferença crucial: a reitoria e a mantenedora da Unicastelo estão em conflito com seus professores, mobilizados e organizados coletivamente - em dezembro de 2011, a reitoria e a mantenedora da Unicastelo demitiram 16 professores. Entre os motivos diversos dessas demissões estão a não aceitação da redução do salário em mais de 50% e a participação de alguns professores na organização e mobilização sindical do coletivo dos professores. A fim de esclarecer essa situação e evitar argumentos obscuros (embora, até agora, a Reitoria nem tenha se dignado a responder), perguntamos e respondemos:

1. Por que os donos da Unicastelo estão em conflito com seus próprios professores?

Por dois motivos: 1º) buscam desarticular o movimento sindical. Mas este é apenas o primeiro passo para seu objetivo mais importante: 2º) pressionar seus professores a aceitarem a redução salarial e não lutarem por seus direitos enquanto trabalhadores. Por quê? Simplesmente porque, ao cobrarmos nossos direitos – salário em dia, recolhimento do INSS e FGTS, pagamento das verbas rescisórias (no caso de demissão) etc. –, o lucro dos proprietários, o pró-labore do mantenedor e os salários da reitoria teriam que ser diminuídos. Foi justamente por lutarem pelos direitos dos professores que, até hoje, mais de 40 dias após as demissões persecutórias, os demitidos, que se dedicaram arduamente à instituição, alguns por mais de 20 anos, não receberam atenção, nem salário de dezembro e nem suas verbas rescisórias. Porém, o prazo legal é de 10 dias!!

2. Mas quem é o dono da Unicastelo?

Ninguém sabe ao certo quem é o efetivo dono da Unicastelo, que é mantida, desde 2007, por uma associação, com sede em Santos, conhecida como Círculo dos Trabalhadores Cristãos do Embaré (CTCE), representada, na instituição, pelo sr. Carlos Pacheco e pela sra. Raquel Junqueira (irmã de José Luiz Junqueira, reconhecido, pelo ministro da Educação, em 2010, como o verdadeiro dono da Unicastelo, mas que pouquíssimas vezes apareceu na instituição). Este grupo, que assumiu a Unicastelo em 2005, não pagou, na época, os salários dos professores durante 3 meses e utilizou esse dinheiro para fins inexplicados.

3. E a reitoria?

Essa é a segunda reitoria indicada pelo CTCE, formada em 2010 após a greve vitoriosa dos professores em maio de 2010. Ela é composta por antigos professores do curso de Odontologia, os quais, em maio de 2010, quando os professores não recebiam o salário por seu trabalho já realizado, diziam que os professores deveriam continuar trabalhando. E por que faziam isso? Bom, tornaram-se reitor e pró-reitora!

(Obs.: José Luiz Junqueira, reconhecido como dono pelo Ministro da Educação em 2010, é dono também da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Odontologia. Será que há alguma ligação?)

4. Redução de salário?!?!

Sim! A mantenedora da Unicastelo, após garantir boas notas nos processos de avaliação da Universidade, tenta impor um novo plano de carreira, que implica uma grave redução salarial dos seus professores, de mais de 60%, em alguns casos. Ora, para o professor: baixo salário = mais aulas = mais cansaço e menos preparação = pior ensino!

5. E o que significa organização sindical?

Significa que, desde abril de 2010, elegemos dois representantes sindicais, que realizam negociações com a reitoria e cobram o cumprimento de suas obrigações trabalhistas junto aos professores, e realizamos assembléias periódicas a fim de direcionar o andamento das negociações.

Tal organização se mostrou indispensável devido ao desrespeito pela instituição dos direitos trabalhistas e com os próprios professores, não nos informando nem buscando a resolução dos problemas que nos atingiam.

6. A Unicastelo está falindo?

Continuando com sua postura pouco clara, ninguém sabe ao certo a condição da Unicastelo. Sabe-se que, ao final do ano passado, entrou com pedido de Recuperação Judicial, alegando que, sem isso, sua situação atual não permitiria a continuidade da prestação de serviços. Esse pedido foi, ao fim, negado pela justiça. E até hoje ninguém da instituição veio a público para informar seus alunos e funcionários sobre os rumos e a condição da instituição. O que escondem? Por que se escondem? Todos querem saber!

7. Enfim, o que os professores desejam?

- Pagamento imediato dos 13ºs salários de 2010 e 2011!

- Retomada imediata dos depósitos referentes ao FGTS e ao INSS!

- Reintegração imediata dos 16 professores demitidos por motivação política!

- Imediata reabertura de negociações com os representantes sindicais e o SINPRO-SP!

- Esclarecimento a toda comunidade acadêmica sobre a real situação financeira da Instituição!

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