quarta-feira, 7 de julho de 2010

NOVAS INFORMAÇÕES SOBRE AS DEMISSÕES

Como é de conhecimento de todos, com o encerramento da greve, ocorrido em razão do pagamento dos salários dos meses de abril e maio, um acordo foi firmado entre nossos representantes e o novo reitor, o prof. José Carlos Pettorossi Imparato. Com esse acordo – votado, inclusive, em assembléia dos professores –, esses se comprometeram a retornar ao trabalho e a cumprir o calendário de reposição posteriormente negociado; em troca, com a anuência da mantenedora, o reitor garantiu a continuidade do pagamento dos próximos salários e a não efetuar qualquer demissão de professores motivada pela greve. Nesse momento, as únicas demissões que ocorreriam seriam aquelas exclusivamente relacionadas a questões acadêmicas e/ou pedagógicas.
Para surpresa de todos, porém, 14 professores foram demitidos: 5 de Educação Física, 5 de Artes Visuais, 3 de Administração e 1 de Farmácia (absurdamente demitido pela coordenadora de Enfermagem, num lastimável exemplo de ingerência em outro curso). Essas demissões que, ao contrário de outras, foram motivadas por critérios explicitamente políticos e persecutórios em razão da greve, demonstraram o despreparo administrativo e a falta de legitimidade desses coordenadores junto aos seus respectivos corpos docentes, manifesta na arbitrariedade e no autoritarismo que utilizaram (e utilizam) em seus cursos.
E, tão grave quanto as demissões, foi o total desrespeito ao novo reitor, que firmou o acordo de não demissão e ordenou os próprios coordenadores a não atuarem com esse objetivo, posto que tal postura colocaria em risco a credibilidade de sua política de abrandamento dos conflitos trabalhistas na instituição. Note-se que o fato foi tão desrespeitoso que, ao saber do ocorrido, o reitor reverteu prontamente – e à revelia da decisão desses coordenadores – as demissões após uma reunião com os nossos representantes.
Sendo assim, é de se esperar que essa postura arbitrária e autoritária resulte em destituição de seus respectivos cargos ou, numa saída menos desonrosa nessas circunstâncias de desrespeito aos professores e à reitoria, na auto-exoneração – que, diga-se, exige uma improvável elevação moral –, tendo em vista que os fatos corroeram a confiança institucional e a precária legitimidade desses coordenadores nos cursos, inviabilizando a permanência em seus cargos e o adequado exercício de suas funções.


Comando de Greve
SINPRO-SP